A primeira vítima de qualquer GUERRA é o Meio Ambiente

11 Mar

A primeira vítima de qualquer GUERRA é o Meio Ambiente

De repente num mundo moderno e globalizado acontece uma guerra. O que pensar disso?

Sobre lados e bandeiras pessoalmente não sei o que opinar; e esse espaço nem tem essa finalidade.

Mas posso falar sobre as coisas vivas e como pode impactar no futuro próximo de todos nós.

Os conflitos armados também vitimizam a biodiversidade. Além de colapsar as estruturas de normalidade, as guerras paralisam os sistemas de gestão ambiental no exato momento em que milhares de pessoas lutam para sobreviver.

Utilizado há séculos como arma de guerra, o meio ambiente e seus recursos naturais são um dos principais alvos em conflitos. Os impactos ambientais, seja diretos ou indiretos, são dos mais diversos, desde poluição do ar e desflorestamento até degradação de áreas protegidas e contaminação da água e solo.

As táticas de guerra que envolvem a destruição do meio ambiente, porém, acontecem desde a antiguidade, quando era comum exércitos matarem animais e atearem fogo nas moradias e plantações dos seus inimigos. Na Roma Antiga, tinha-se o costume de envenenar as fontes de água potável que abasteciam as cidades alvo, causando doença e sede na população.

O ataque ambiental é utilizado para afetar diretamente a subsistência da população, mas os estragos colaterais de longo prazo são preocupantes. Bombardeios, mísseis jogados sobre territórios em guerra, o intenso movimento de veículos militares e a destruição de estruturas industriais provocam a emissão de substâncias que contaminam o solo, a água e o ar. Ainda hoje, áreas da Europa são afetadas por contaminação por metais pesados, causados pelo uso de certas munições durante a Primeira Guerra Mundial.

Na Guerra do Vietnã, os Estados Unidos utilizaram um herbicida conhecido como agente laranja, o qual desfolha as árvores e afeta toda a cadeia ecológica. Após mais de 40 anos do fim deste conflito, a população vietnamita ainda sofre as consequências da arma química, com a má-formação de recém-nascidos e a contaminação dos recursos naturais do país.

Dez anos antes da Guerra do Vietnã, aconteceu talvez o mais grave atentado contra o meio ambiente, quando os Estados Unidos jogaram a bomba atômica nas cidades de Hiroshima e Nagazaki, no Japão. Ainda que tenha sido feito um processo de descontaminação por meio da tecnologia, ainda hoje há altos índices de radioatividade na região e a ecologia não conseguiu ser normalizada.

Já em 1992, foi lançada a Declaração Universal do Direito ao Meio Ambiente e ao Desenvolvimento Sustentável, durante a 2ª Conferência Internacional do Meio Ambiente da ONU (também chamada de Eco-92), a qual cita que “a guerra é, por definição, contrária ao desenvolvimento sustentável. Os Estados devem, por conseguinte, respeitar o Direito Internacional aplicável à proteção do meio ambiente em tempos de conflito armado, e cooperar para seu desenvolvimento, quando necessário” e que “a paz, o desenvolvimento e a proteção ambiental são interdependentes e indivisíveis”, Jhon Binden Presidente dos EUA atribuiu num desabafo sobre as consequências da guerra e sobre os veteranos americanos que as fogueiras de dejetos e óleo durante a guerra do Iraque e Kwiat podem ter matado de forma tardia inúmeros dos soldados que voltaram e ele incluí nessa afirmação seu filho perdido após voltar pra casa.

O meio ambiente pode também ser o principal motivo de um conflito. Segundo a ONU Meio Ambiente, pelo menos 40% dos conflitos armados dos últimos 65 anos aconteceram por conta de disputas por recursos naturais e sua exploração.

Atualmente, a República Democrática do Congo vive uma das mais violentas disputas por recursos naturais, com a atuação de mais de 50 grupos armados na faixa leste do país, onde muitos detêm o controle de minas e jazidas de grande apelo comercial. O país é o segundo mais rico em recursos naturais (com um dos maiores depósitos de cobre e cobalto), ficando atrás apenas do Brasil. Boa parte desta exploração, porém, é feita com o intuito de servir de fonte de renda para a atuação destes grupos.

A ONU Meio Ambiente lançou um alerta para os riscos à vida silvestre provocados pelo confronto na Ucrânia, que aconteceram desde abril de 2014. Ainda segundo a agência, a região de Donbas, no leste do país, está “à beira de uma catástrofe ecológica”, visto que o uso de munições e a destruição da infra-estrutura industrial têm aumentado a poluição consideravelmente, já tendo afetado mais de 500 mil hectares.

A devastação inclui 80 mil hectares de reservas naturais e 150 mil hectares de incêndios florestais. Apenas no primeiro ano do conflito, 479 hectares de mata foram destruídos de forma irreversível.