2021 foi o ano da Madeira no Brasil.

12 Jan

2021 foi o ano da Madeira no Brasil.

Esse texto é dividido em 3 partes.

2021 foi o ano da Madeira no Brasil.

Publicado: Katia Sadagurschi  São Paulo 12 de janeiro 2022

Que assunto fantástico! “ Reflorestamento” que presente pesquisar e escrever sobre um mercado que além de suas contribuições pra natureza gera tanto progresso e avanço na tecnologia.

Nosso trabalho também contribui pra isso e temos orgulho de fazer parte da Equipe Ecologs.

Olha que interessante essa conclusão:

Fontes de consulta: Agência Brasil – Forest Digital- Embrapa – Coalizaobr.

Estudo que analisou 40 projetos de plantio de árvores nativas brasileiras em quatro dos seis biomas do país concluiu que é possível um retorno de investimento com mediana de 15,8%, podendo alcançar 28,4% ao ano. Além disso, modelos produtivos com espécies nativas podem retirar de 6,7 a 12,5 toneladas de dióxido de carbono equivalente da atmosfera por hectare anualmente, além de reduzir a erosão do solo, melhorando a qualidade da água que chega aos rios e reservatórios.

A pesquisa foi liderada pela Força-Tarefa Silvicultura de Espécies Nativas da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, com apoio e coordenação do WRI Brasil. Foram avaliados 40 casos implementados ou apoiados por 30 diferentes agentes econômicos, de agricultores familiares a parcerias com finalidade experimental, bem como empresas rurais. Ao todo, ocupam mais de 12 mil hectares em oito estados, com predominância na Amazônia e Mata Atlântica.

A análise se concentrou em três diferentes modelos que possibilitam o cultivo de árvores nativas brasileiras: a silvicultura de espécies nativas, os sistemas agroflorestais (SAF) e o sistema integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). Ao todo, os 40 casos avaliados cultivam mais de 100 espécies florestais e agrícolas, entre nativas e exóticas que é o nosso caso de exploração econômica. (Eucalipto)

A avaliação econômica desses projetos mostrou que as taxas internas de retorno (TIR) dos investimentos variam de 2,5% a 28,4% ao ano, com mediana de 15,8%. Com exceção de dois casos, todos os resultados mostram TIR superior a 9% – percentual competitivo na comparação com outras atividades agropecuárias. A rentabilidade para o produtor é também um indicativo de que o Brasil tem uma grande oportunidade de gerar emprego e renda se aumentar e der escala a atividades de silvicultura de espécies nativas na produção de madeira, óleos vegetais, alimentos como castanhas, frutas e diversos outros produtos florestais.

Além da taxa de retorno do investimento, o produtor ainda se beneficia dos serviços ambientais oferecidos pelas espécies nativas, tais como melhora dos recursos hídricos e aumento da resiliência e produtividade de outras atividades que podem ser consorciadas com as árvores. A remoção de carbono da atmosfera, por sua vez, é um benefício para todo o planeta, mas também pode contribuir com o fluxo de caixa do produtor, já que oportunidades no mercado de carbono vêm ganhando impulso mundialmente.

A análise dos 40 casos de produção envolvendo árvores nativas brasileiras foi feita com a Ferramenta de Investimento Verena, do WRI Brasil, com base em um modelo financeiro de fluxo de caixa descontado. As informações para compor os modelos financeiros foram fornecidas pelos executores e parceiros dos casos.

Para a análise de carbono, utilizou-se o GHG Protocol Florestas e Sistemas Agroflorestais. A silvicultura de nativas mostrou potencial para retirar 12,5 toneladas de dióxido de carbono equivalente da atmosfera por hectare ao ano (tCO2eq/ha/ano). Os sistemas agroflorestais, por sua vez, mostraram potencial de remover 6,7 tCO2eq/ha/ano. O estudo não quantificou a remoção de carbono dos sistemas ILPF.

Mas vou procurar o dado e trazer ao conhecimento de todos.

Hoje pincelamos as florestas, nos próximos vou falar da lucratividade da madeira e seus sub-produtos.