Mercado do Eucalipto no Brasil em 2024
Falar sério e reverenciar as inovações, conquistas e evolução do mercado do eucalipto é uma das nossas missões, pois fazemos de forma modesta parte dessa história.
Nós da Ecologs Madeiras temos orgulho de ter a madeira como nosso sustento e profissão.
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(Esses dados foram extraídos da CNA – Confederação de agricultura e Pecuária do Brasil)
O setor de florestas plantadas avança cada vez mais dados investimentos, pesquisa e desenvolvimento tecnológico, aliado à sustentabilidade ambiental. Segundo o último levantamento, realizado recentemente, da Canopy Remote Sensing Solutions, o Brasil conta com 10,3 milhões de hectares de florestas cultivadas, sendo que desse total, 76,1% são ocupados por eucalipto, seguindo de pinus (18,7%) e demais espécies (5,2%).
A demanda – tanto no Brasil, quanto no resto do mundo – crescente por madeira, celulose e carvão vegetal, principais produtos obtidos a partir do eucalipto, abre grandes janelas de oportunidade para o plantio da espécie. Novas plantas industriais estão sendo construídas, principalmente no Centro-Sul do país, com investimentos da ordem de bilhões de reais.
O projeto Campo Futuro, realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com o Serviço de Aprendizagem Rural (Senar), levantou os custos de produção de eucalipto em cinco praças em 2024: Amambai/MS, Campo Grande/MS, Eunápolis/BA, Teixeira de Freitas/BA e Botucatu/SP. Um aspecto observado em boa parte das regiões é o avanço do arrendamento de áreas até então cultivadas por pequenos e médios produtores, pelas empresas florestais atuantes em cada região.
A produção de eucalipto pode ser desmembrada em três etapas principais: formação da floresta, manutenção e colheita. Em todos esses casos, a comercialização é feita na modalidade “madeira em pé”, sendo, portanto, a colheita realizada pela empresa compradora. Um dos fatores de maior preponderância para o sucesso da lavoura é sua produtividade, sendo influenciada por diversos elementos como a própria genética do material cultivado, condições de solo, clima e manejo silvicultural. Para eucalipto, ela é medida pelo Incremento Médio Anual (IMA).
Fonte: Projeto Campo Futuro (CNA/Senar)
Outro ponto a ser observado é que, em casos como Amambai/MS e Teixeira de Freitas/BA, um menor custo de implantação pode resultar em maior desembolso na fase de manutenção, sem ainda refletir em ganhos de produtividade em patamares mais altos, como os das regiões de Eunápolis/BA e Botucatu/SP.
Fonte: Projeto Campo Futuro (CNA/Senar)
Observamos que os preços pagos aos produtores em todas as regiões levantadas são suficientes para arcar com os desembolsos diretos (COE), bem como os custos implícitos (COT), indicando uma situação econômica favorável da atividade em relação a outros investimentos alternativos. Assim, temos margens líquidas positivas em todas as praças. Já ao se considerar o custo de oportunidade da terra – calculado de acordo com o valor de arrendamento praticada em cada região, e dos bens de capital, para Eunápolis/BA e Teixeira de Freitas/BA, a receita não é suficiente para manter a atratividade econômica no longo prazo.
Apesar de ter a produtividade média mais baixa dentre as praças levantadas, Campo Grande/MS é a que mais se destaca no aspecto econômico, gerando margem líquida positiva ao produtor de R$ 50,33/m3, valor 88% acima da média das cinco regiões. Isso se dá em boa parte pelo menor dispêndio relacionado à manutenção da floresta (78% abaixo da média geral), bem como a melhor remuneração da madeira, diante da demanda aquecida em seu entorno.
Após Campo Grande/MS, temos os resultados mais positivos em Amambai/MS, que foi favorecida por um menor custo relacionado ao pró-labore e bom preço pago no metro cúbico da madeira. Em seguida, Botucatu/SP, cuja produtividade foi essencial para o bom resultado, conforme comentado anteriormente, apesar de possuir o maior valor de remuneração da terra – 64% acima da média das demais regiões.
Em Eunápolis/BA e Teixeira de Freitas/BA, os COE’s foram bastante comprometidos por custos administrativos, relacionados principalmente à mão de obra contratada e despesas fixas das propriedades. Novos investimentos na etapa de manutenção visando maiores produtividades, e busca por melhorias nas negociações com empresas florestais, podem gerar melhores resultados econômicos a médio e longo prazos nos municípios baianos.
Sabe-se que a eucaliptocultura é uma atividade altamente influenciada por fatores externos à produção propriamente dita, e que depende primordialmente de demanda aquecida. A demanda definirá os preços pagos ao produtor, e consequentemente, com base na rentabilidade do produtor, o nível de investimento em insumos e manejo de qualidade. Por ser uma cultura de ciclo longo, o planejamento e a gestão financeira da propriedade são fundamentais na busca por rentabilidade e mitigação de efeitos sazonais, como elevação de custos (principalmente de fertilizantes e defensivos agrícolas), e o próprio arrefecimento da cadeia produtiva de tempos em tempos, comum à atividade.
Seguimos em evolução e nós da Ecologs temos a madeira que você precisa com a qualidade que você merece.
Bom trabalho a todos!
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