Novas Tecnologias

8 Out

Novas Tecnologias


Novas tecnologias.

Publicado por Katia Sadagurschi- São Paulo 08/10/2021

A alta tecnologia no manejo e beneficiamento dos recursos extraídos da natureza pode mudar a realidade
de vida e trabalho de muitas pessoas.
Acordei nesse domingo cedo e assisti no Globo Rural uma matéria que falava dos fornos pra produção de carvão vegetal
feitos de eucalipto.
Lembrei que num passado não muito distante esse trabalho era sinônimo de insalubridade.
Ainda tem um longo caminho pra trilhar mas já melhorou muito. As Universidades federais e o Governo do Brasil têm
Investido bastante nessa mudança com estudos e avanço nas leis que protegem não só o meio ambiente, mas as pessoas.
A Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais, desenvolveu uma tecnologia que tem tornado a produção de carvão
vegetal mais sustentável e melhora o rendimento do item e condições de trabalho no setor.
A fabricação deste produto no Brasil atende principalmente à indústria siderúrgica. Porém, em sua maioria, os
trabalhadores usam um tipo de forno rústico, que polui o meio ambiente e prejudica a saúde.
No Brasil, 65% da fabricação de carvão vegetal é feita por pequenos e médios produtores, e Minas Gerais é o estado
que mais faz e consome esse insumo bioenergético. Ao todo, mais de 6 milhões de toneladas são produzidas por ano no país.

No passado, o setor de carvão vegetal era associado a péssimas condições de trabalho e ao desmatamento ilegal.
Porém, hoje quase todo o material destinado à produção vem de uma fonte renovável: os plantios de eucalipto.


O uso de biomassa de florestas plantadas segue as diretrizes do Projeto Siderurgia Sustentável, implementado pelo
“Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento”. Já para os produtores, cada estado tem uma legislação específica.

Mudanças no forno

Um desafio dessa atividade é a forma de se carbonizar a madeira. No forno tradicional, o carvoeiro controla o processo
observando a cor e o cheiro da fumaça e tocando no forno para verificar a temperatura. Este modelo prejudica o meio
ambiente e a saúde dos trabalhadores.

Para fugir dessa metodologia, os pesquisadores da UFV desenvolveram uma tecnologia chamada forno fornalha.

Seu diferencial é que, no forno tradicional, a fumaça liberada vai para a atmosfera. Já nele, o eucalipto é colocado em
fornos feitos de tijolos, ligados a uma fornalha, onde os gases poluentes, como o metano, são queimados e transformados
em gás carbônico, água e calor.

Depois, o próprio processo de fotossíntese das árvores ajuda na absorção do gás carbônico, um dos responsáveis pelo
efeito estufa.
A UFV estuda formas de captar a energia e direcionar para outros usos, como a secagem de grãos e a geração de eletricidade.

Além do ganho para o meio ambiente, os estudos comprovaram um rendimento de até 25% a mais com o uso da tecnologia.
A maneira de fazer está disponível de forma gratuita e pra que a informação chegue a todos que necessitem.

Fonte: UFV Universidade Federal de Viçosa e Globo Rural – Matéria exibida dia 03/10/20/2021

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