Papo de Árvore – Cerâmica de Cunha

5 Dez

Papo de Árvore – Cerâmica de Cunha

Peças expostas e a venda na loja Ecologs

Dessa vez começo esse texto de forma diferente, pelas referências.

E Vou ilustrar essa postagem com peças que temos para venda. Na sede da Ecologs.

Todas feitas pelas mãos talentosas por artesãos de Cunha.

Desde as primeiras pessoas deixando ainda mais bonita a história e a cidade de Cunha a casa da Ecologs.

Referências:

CÂMARA DOS DEPUTADOS. PROJETO DE LEI Nº 7.772, DE 2017. Disponível em: https://www.camara.leg.br/noticias/536133-CAMARA-APROVA-PROJETO-QUE-CONFERE-TITULO-DE-CAPITAL-DA-CERAMICA-A-CUNHA-(SP)

Prefeitura Municipal de Cunha

https://cunha.sp.gov.br › arte-ceramica-de-cunha

Reportagem sobre alguns ceramistas de Cunha (TV Band Vale): https://fb.watch/5NnPuKi7wM/

Boa leitura!

No dia 20 de abril de 1.975 chegava a Cunha um grupo de ceramistas formado por Mieko e Toshiyuki Ukeseki (japoneses), Alberto Cidraes (português) e os irmãos Vicente Cordeiro (Vicco) e Antônio Cordeiro (Toninho). No domingo em que encontraram Cunha, isolada entre três serras, comemorava-se o aniversário da cidade, naquele tempo celebrado no dia 20 de abril. O grupo, estranho ao jeito cunhense, logo atraiu a atenção dos moradores;, que mesmo no meio de autoridades que visitavam à cidade por ocasião de seu aniversário, conseguiu chamar a atenção do marido, que prometeu no dia seguinte arrumar um lugar para os forasteiros que tinham acabado de chegar. A Prefeitura não contava com muitas instalações disponíveis na época, e o único lugar que dona Cida cogitou, o antigo Matadouro Municipal, completamente abandonado e sujo, parecia inviável. Por sorte ou falta de opção, o grupo aceitou. A História de Cunha começaria a mudar…

Com muita dificuldade e muito improviso na base da experiência que já haviam adquirido, o grupo lutava e trabalhava para tornar o lugar habitável e para construir o forno para queima das peças.

O tipo de forno escolhido, que até hoje caracteriza a cerâmica de Cunha, foi o Noborigama (“forno que sobe a montanha”, tudo a ver com a geografia cunhense), forma sofisticada do forno a lenha arcaico do Extremo Oriente, que chega a 1.400 graus centígrados e que é construído em aclives, aproveitando a inclinação do terreno. Matéria-prima havia em abundância: argila, eucalipto (para lenha), feldspato e caulim (para esmaltar as peças). A primeira fornada do antigo Matadouro saiu em dezembro de 1.975. Os ceramistas trabalharam juntos e queimaram no mesmo forno, levando as cerâmicas para fora da cidade para vendê-las. Os anos difíceis foram ficando para trás, mais ceramistas foram chegando, outros partiram, o turismo em Cunha foi crescendo, gente daqui começou a fazer cerâmica de alta temperatura…  Hoje, no lugar do antigo Matadouro, a Prefeitura construiu a nova Casa do Artesão, um prédio amplo e bonito e que não guarda nenhuma relação com passado dos pioneiros da cerâmica em Cunha.

Leave a Reply