Papo de Árvore – Dia Internacional da Mulher – Dona Dita Paneleira

8 Mar

Papo de Árvore – Dia Internacional da Mulher – Dona Dita Paneleira

Foto: Valquiria Leite – Material de apoio na pesquisa Secretaria de turismo de Cunha

O fruto das mãos e a historia de vida de uma Senhora de Cunha. A simplicidade não diminui a sua contribuição e legado de transformação.

A beleza que veio pelo fruto do seu talento, a obra das suas mãos. Oficio!

Hoje vou reproduzir uma parte de uma de suas ultimas entrevistas ao jornal Folha de São Paulo em 2003.

A imagem que ilustra essa postagem do seu busto é creditada ao artista Luciano Almeida quem fez a estátua.

Hoje sua técnica e sua história é sustento a uma parcela de artesãos e artesãs aqui da cidade de Cunha.

Essa homenagem é a MULHER que com toda sua simplicidade transformou tudo em volta utilizando barro.

Boa leitura!

Casa do Artesão – Busto de Dona Dita
A PANELEIRA (Entrevista)

Dona Dita é herdeira de tradição indígena

Nonagenária faz panelas de barro DA ENVIADA ESPECIAL “Olha que velhinha ainda trabalhando.” Assim, deitada numa cama, chupando um pé de frango, dona Dita Olímpia, 92, apresenta-se a quem chega.
Ela é a última paneleira de Cunha. “Hoje fiz uma frigideirinha já antes do almoço”, se orgulha, mas logo relativiza: “Quando morava na roça, fazia duas peças por dia. Vendi muita coisa. Levavam tudo. Tem peça minha em São Paulo, no Rio, no Paraná”.
Dona Dita não está acostumada a receber visitas. A sua casa, de dois cômodos, fica em um bairro simples na periferia de Cunha. Em cada canto do quarto em que ela dorme com a filha, repousam peças recém-feitas. “Essas estão verdes”, diz sobre as que não estão secas.
A paneleira aprendeu o ofício com sua avó aos sete anos. Na época, havia muitas paneleiras na cidade, uma tradição herdada das índias. Hoje, as colegas de Dita morreram, e não há ninguém para manter a tradição. Vasos e potes feitos por ela estão à venda na Casa do Artesão.
(Relato factual – Pedro Máximo)
O pedreiro Lininho dá o  último retoque na colocação do busto  de Dª Benedita Olímpia (Dita Paneleira) antes da inauguração. Dona Dita Paneleira como era conhecida, senão a última artesã era a última das paneleiras da  região e trazia consigo uma arte dos antepassados indígenas.
Mesmo com idade avançada não deixou de exercer sua função de artesã, continuou a modelar o barro e dar as formas de panelas, caldeirões, potes, cuscuzeiros etc. Até julho de 2011, mês em que falecera, aos 98 anos a nossa grande paneleira criou um grande legado para memória do povo cunhense se fazendo respeitar-se na vida e na arte.

    Fonte:https://pedromaxisilva.blogspot.com/2011/10/blog-post_8865.html – Pedro Máximo

Essa MULHER incrível faz parte da história da cidade. Essa é a homenagem Ecologs para o dia Internacional das Mulheres. “Que elas se vejam em suas conquistas, contribuições e legados”
Bom final de semana !!!!!

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