Pau a Pique – Segunda parte “O Casarão”

3 Nov

Pau a Pique – Segunda parte “O Casarão”

Olhando em volta a cidade de Cunha a casa da Ecologs esteve e ainda está bastante ligada a essa técnica construtiva o “Pau a Pique”.

Com o auxilio dos meus colegas Queridos; Florisvaldo e  a Arquiteta Valquíria recebi informações e imagens lindas do antigo e do novo sobre esse assunto.

Boa leitura!

Recebi do Florisvaldo um texto que vou reproduzir em parte que mostra o fantástico de uma época. E olha que a minha intenção inicial era só falar de Pau a Pique. Segue;

Ilustração do texto citado.

“Datado da primeira metade do século XIX, provavelmente da década de 1830 (VELOSO, 2014, p. 56), período em que Cunha se beneficiou do desenvolvimento regional proporcionado pelo café, o sobrado da Praça Coronel João Olympio, número 52, esquina com a Rua Dom Lino,oficialmente “Casarão Osmar Felipe”, “é a construção particular mais imponente da cidade, com sacadas ornamentadas com abacaxis de ferro e entalhes na porta principal e janelas. Construído em taipa, na primeira metade do século dezenove, consta que nele se hospedou Lima e Silva, o futuro Duque de Caxias, em 1842, quando veio à Província para sufocar a insurreição liberal. É hoje a sede da Prefeitura Municipal, do Centro de Cultura e Tradição de Cunha e do Museu Municipal Francisco Veloso.” (IEV, 1993).Na época do inventário do Instituto de Estudos Valeparaibanos (IEV), ainda era propriedade particular, pertencia à professora Dalva Raquel Coelho Nascimento, alugado à Prefeitura de Cunha. É vestígio da fastuosa civilização do café, que cobriu o vale de rubiáceas e riquezas, em meados do século XIX (VELOSO, 1995, p. 28). Essa riqueza, conforme apontou o historiador Francisco Sodero de Toledo (1977), se refletiu no crescimento das cidades e nos melhoramentos urbanos, em escala regional.

Esse texto é muito rico vou deixar o link para que consigam ler na íntegra.

Voltemos ao Pau a pique

Só pra deixar o resumo e o desfecho:

Pau a pique, é uma técnica construtiva antiga que consiste no entrelaçamento de madeiras verticais fixadas no solo, com vigas horizontais, geralmente de bambu amarradas entre si por cipós, dando origem a um painel perfurado que, após preenchido com barro, transforma-se em uma parede.

Foi muito utilizada no período colonial e das técnicas em arquitetura de terra é a mais utilizada, principalmente por dispensar materiais importados. Por conta disso, seu uso é maior nas zonas rurais.

Houve uma evolução na forma de construir com pau a pique. As madeiras deixaram de ser fixadas no solo, pelo fato de apodrecerem rapidamente, e suas amarrações passaram a ser feitas de outros materiais, fibras vegetais e arame galvanizado. A madeira utilizada pode ser tratada como fornecemos na Ecologs.

A Arquiteta Valquiria Leite  me mostrou uma utilização da técnica nos modelos atuais que em breve pode ser vista pronta no Loft  Ypê Rosa na cidade de Cunha.

Pau a Pique – Cuba de louça artezanal e cimento queimado o antigo e novo.

Nosso entrono é muito rico em arquitetura, natureza, beleza,  historia, cultura e progresso e que bom que nós da Ecologs temos a oportunidade de fazer parte disso.

Bom final de Semana a todos!

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