Pau a Pique – Segunda parte “O Casarão”
Olhando em volta a cidade de Cunha a casa da Ecologs esteve e ainda está bastante ligada a essa técnica construtiva o “Pau a Pique”.
Com o auxilio dos meus colegas Queridos; Florisvaldo e a Arquiteta Valquíria recebi informações e imagens lindas do antigo e do novo sobre esse assunto.
Boa leitura!
Recebi do Florisvaldo um texto que vou reproduzir em parte que mostra o fantástico de uma época. E olha que a minha intenção inicial era só falar de Pau a Pique. Segue;
“Datado da primeira metade do século XIX, provavelmente da década de 1830 (VELOSO, 2014, p. 56), período em que Cunha se beneficiou do desenvolvimento regional proporcionado pelo café, o sobrado da Praça Coronel João Olympio, número 52, esquina com a Rua Dom Lino,oficialmente “Casarão Osmar Felipe”, “é a construção particular mais imponente da cidade, com sacadas ornamentadas com abacaxis de ferro e entalhes na porta principal e janelas. Construído em taipa, na primeira metade do século dezenove, consta que nele se hospedou Lima e Silva, o futuro Duque de Caxias, em 1842, quando veio à Província para sufocar a insurreição liberal. É hoje a sede da Prefeitura Municipal, do Centro de Cultura e Tradição de Cunha e do Museu Municipal Francisco Veloso.” (IEV, 1993).Na época do inventário do Instituto de Estudos Valeparaibanos (IEV), ainda era propriedade particular, pertencia à professora Dalva Raquel Coelho Nascimento, alugado à Prefeitura de Cunha. É vestígio da fastuosa civilização do café, que cobriu o vale de rubiáceas e riquezas, em meados do século XIX (VELOSO, 1995, p. 28). Essa riqueza, conforme apontou o historiador Francisco Sodero de Toledo (1977), se refletiu no crescimento das cidades e nos melhoramentos urbanos, em escala regional.
Esse texto é muito rico vou deixar o link para que consigam ler na íntegra.
Voltemos ao Pau a pique
Só pra deixar o resumo e o desfecho:
Pau a pique, é uma técnica construtiva antiga que consiste no entrelaçamento de madeiras verticais fixadas no solo, com vigas horizontais, geralmente de bambu amarradas entre si por cipós, dando origem a um painel perfurado que, após preenchido com barro, transforma-se em uma parede.
Foi muito utilizada no período colonial e das técnicas em arquitetura de terra é a mais utilizada, principalmente por dispensar materiais importados. Por conta disso, seu uso é maior nas zonas rurais.
Houve uma evolução na forma de construir com pau a pique. As madeiras deixaram de ser fixadas no solo, pelo fato de apodrecerem rapidamente, e suas amarrações passaram a ser feitas de outros materiais, fibras vegetais e arame galvanizado. A madeira utilizada pode ser tratada como fornecemos na Ecologs.
A Arquiteta Valquiria Leite me mostrou uma utilização da técnica nos modelos atuais que em breve pode ser vista pronta no Loft Ypê Rosa na cidade de Cunha.
Nosso entrono é muito rico em arquitetura, natureza, beleza, historia, cultura e progresso e que bom que nós da Ecologs temos a oportunidade de fazer parte disso.
Bom final de Semana a todos!
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