Prancha de Surf de Madeira – Parte 2

28 Abr

Prancha de Surf de Madeira – Parte 2

Eu dou risada de mim quando comento dos programas de TV transmitidos em canais por assinatura sobre construção dos Americanos, Canadenses e outros países que já têm uma cultura enraizada de técnicas para edificações de moradia em #madeira tratada.

Dessa vez o programa que me trouxe a segunda parte desse texto foi aqui do Brasil da programação de matinal de domingo da TV Globo de televisão. (PEGN)  Um casal de Curitiba tem uma empresa super interessante de pranchas de surf confeccionadas em madeira de reflorestamento..

A maior parte dessas pranchas são fabricadas em marcenaria artesanal e não tem menos tecnologia que asas de avião por exemplo. Por se tratar de uma peça oca usa parte dos mesmos princípios para sua fabricação.

Outras utilizam Softwares 3D em sua criação sendo  possível conceber a prancha antes, no computador, de acordo com às características, preferências , testar parâmetros de hidrodinâmica, volume, dimensões e só depois iniciar o processo de produção.

O processo de fabricação envolve técnicas de construção naval, marcenaria e carpintaria.

As pranchas de madeira modernas são construídas em uma técnica chamada  “Hollow Wooden“, ou seja, possuem o interior oco com uma estrutura de sustentação que lembra a asa de um avião conforme comentado acima.

A resistência se concentra na superfície e a colagem das bordas adiciona resistência longitudinal, deixando as pranchas praticamente inquebráveis.

Como a prancha é oca necessita de uma válvula que controle a pressão interna, evitando que o ar contido no interior se expanda e danifique a estrutura. No caso das, que são fabricadas com madeira maciça da mesma forma que as primeiras pranchas existentes, não necessita válvula.

Sustentabilidade:

As pranchas são construídas com madeiras de árvores que não causam nenhum dano ao meio ambiente no momento do corte, pois são plantas que se regeneram ou que são cortadas ao fim do ciclo de vida. Veja os casos da Paulownia, Balsa e Agave, a sobra das madeiras utilizadas na fabricação das pranchas é aproveitada na fabricação dos remos, quilhas e demais produtos.

O resíduo (serragem) é biodegradável, podendo ser reciclado ou absorvido pelo ambiente como adubo orgânico ou digerido por insetos, como cupins e formigas.

Como comparativo, uma prancha comum pode gerar de 7kg (pranchas de surf) a 20kg (stand up paddle) de resíduos tóxicos em todo o processo de fabricação.Nesse modelo de construção o impacto é próximo a ZERO.